Carreira

Na Vivo, bolsa de estudos, horário flexível e terapia gratuita

Com 33 mil funcionários, a companhia de telecomunicações combina IA e cuidado humano para motivar seus talentos

Fernando Luciano, vice-presidente de Pessoas da Vivo: “Quanto mais tech, mais humano podemos ser” (Divulgação/Divulgação)

Fernando Luciano, vice-presidente de Pessoas da Vivo: “Quanto mais tech, mais humano podemos ser” (Divulgação/Divulgação)

Publicado em 23 de outubro de 2025 às 19h30.

Tudo sobrePrêmio EXAME Melhores em Gestão de Pessoas 2025
Saiba mais

A Vivo construiu uma estratégia de recursos humanos que equilibra inovação digital e cuidado humano.

“Não se trata de terceirizar à tecnologia o que é humano, mas de liberar tempo para empatia, criatividade, intuição e bem-estar”, afirma Fernando Luciano, vice-presidente de Pessoas da Vivo.

Com 33 mil funcionários espalhados pelo país, a operadora parte de uma nova cultura batizada de ‘Paixão Púrpura’, que identificou cinco elementos que mais marcam o jeito Vivo de trabalhar: coragem para empreender, inovação, responsabilidade ambiental, pertencimento e valorização do indivíduo.

Além da nova cultura, a Vivo manteve benefícios que alinharam as novas tecnologias a práticas mais humanas. O engajamento dos funcionários refletiu no resultado da pesquisa da EXAME e fez a companhia ser destaque na segunda edição do Prêmio EXAME Melhores em Gestão de Pessoas, na categoria de empresas com mais de 20 mil funcionários. Veja a seguir algumas das práticas da companhia que vai além do VR e VA.

Tecnologia a serviço do humano

Essa cultura ganha força justamente porque vem acompanhada da digitalização de processos. Para o RH da Vivo, a tecnologia não substitui o humano, mas o potencializa.

A triagem de candidatos, por exemplo, caiu de 13 dias para apenas 1 com apoio de inteligência artificial. A empresa também desenvolveu um chat de IA generativa no portal de pessoas, atendimento no WhatsApp e agentes digitais voltados à carreira, saúde e retenção de talentos.

“Não se trata de terceirizar à tecnologia o que é humano, mas de usar a IA para liberar tempo e ampliar o que temos de melhor: empatia, criatividade e intuição”, reforça Luciano.

Bolsas, idiomas e experiências internacionais

Entre os principais benefícios que a empresa oferece, está a conexão e a formação dos funcionários. Todos recebem um smartphone corporativo com plano ilimitado e têm subsídio para cursos de idiomas.

Para os talentos de destaque, o programa Vivo Acelera concede bolsas de até R$ 20 mil em instituições como Harvard e MIT. Diretores participam de cursos de oratória no teatro da Vivo, e profissionais são selecionados para cursos de extensão na Universitas Telefónica, em Madrid.

“Esse é um tipo de curso que amplia o repertório e visão global, afinal os funcionários tem contato com profissionais de filiais de outros países”, diz o executivo.

Flexibilidade e benefícios que fazem diferença

Com a tecnologia, a flexibilidade ganhou espaço no mercado de trabalho. Na Vivo, além de benefícios flexíveis, que podem ser usados em plano de saúde, academia ou reembolso de educação, a empresa oferece day off de aniversário, modelo híbrido e horários flexíveis.

“Oferecemos, inclusive, dois dias de licença para quem adota um animal de estimação, pensando no período de adaptação”, diz Luciano.

O cuidado com a saúde e o bem-estar também ganhou protagonismo. O Espaço do Bem-Estar, com 600 m² em São Paulo, oferece de nutricionista a acupuntura. Mais recentemente, a empresa lançou um ecossistema de saúde emocional que garante 52 sessões anuais de psicoterapia gratuitas para funcionários e dependentes.

“Estamos democratizando o acesso à terapia e recebendo muitos feedbacks positivos”, afirma o executivo.

Equilíbrio entre gerações e tecnologias

O maior desafio do RH, segundo Luciano, é encontrar o equilíbrio entre gerações e tecnologias. Hoje, 20% da força de trabalho da Vivo tem até 30 anos, enquanto 12% já passou dos 50.

“O segredo é promover convivência, estimular a escuta e explorar a prontidão dos jovens para novas ferramentas, ao mesmo tempo em que preservamos a experiência dos mais maduros”, diz.
Com essa combinação, a Vivo reforça seu lema: “Quanto mais tech, mais humano podemos ser.”

Acompanhe tudo sobre:Prêmio EXAME Melhores em Gestão de Pessoas 2025Mundo RHRecursos humanos (RH)Vivoflexibilidade-no-trabalho

Mais de Carreira

A receita da Petlove para unir funcionários satisfeitos e expansão acelerada

Com 21 anos, ele criou um projeto que leva médicos para áreas remotas no Brasil

Cearense de 23 anos cria projeto focado na saúde da mulher rural

Copacabana Palace cria escala 5x2 para cerca de 600 funcionários